Descubra curiosidades e histórias inéditas sobre a criação de The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd — dos bastidores de estúdio às inspirações por trás do álbum lendário.

Um álbum mítico com histórias ocultas
Lançado em 1973, The Dark Side of the Moon não é apenas um marco do rock progressivo, mas também uma obra carregada de histórias pouco conhecidas — e que mostram o quanto o Pink Floyd estava disposto a inovar e arriscar.
A faísca inicial
A ideia nasceu da mente de Roger Waters, inspirado pelas pressões e ansiedades da vida moderna. Um de seus gatilhos foi uma experiência pessoal intensa: um colapso súbito durante uma pausa no estúdio Abbey Road, em que perdeu todas as sensações físicas e emocionais por alguns minutos. Essa sensação de alienação ajudou a moldar o conceito do álbum.
De “Eclipse” a The Dark Side of the Moon
Durante o processo criativo, uma banda de blues-rock chamada Medicine Head lançou um disco com o mesmo título. Para evitar confusão, o Pink Floyd pensou em mudar o nome para Eclipse. Mas, como o trabalho do Medicine Head não teve impacto, decidiram retomar o título original — decisão que ajudaria a criar uma das capas mais icônicas da história.
Gravações intercaladas com turnês
Embora a base do álbum tenha sido gravada em cerca de 40 dias, o processo total durou sete meses, pois a banda interrompia as sessões para fazer turnês. Nessas apresentações, chegaram a testar músicas inacabadas para o público, algo impensável para a maioria das bandas.
O toque de Alan Parsons
O engenheiro de som Alan Parsons teve papel crucial, criando sons icônicos como o tilintar de moedas e o barulho de caixa registradora em Money, gravados de forma artesanal. Ele também ajudou a inserir o uso criativo de loops de fita — tecnologia analógica que exigia paciência e precisão milimétrica.
Improviso e genialidade
O solo de guitarra de David Gilmour em Money foi improvisado no momento da gravação. Já The Great Gig in the Sky ganhou vida graças à cantora Clare Torry, que transformou um improviso vocal em uma performance épica. Décadas depois, Clare processou a banda e conquistou créditos de coautoria.
A icônica capa prismática
A arte do prisma atravessado pela luz foi criada pelo estúdio Hipgnosis. Simples e simbólica, foi escolhida unanimemente pela banda, representando clareza, ambição e o espectro de emoções transmitidas pelo álbum. Hoje, é uma das imagens mais reconhecidas do rock.
O resultado
O lançamento foi um sucesso estrondoso, mantendo-se nas paradas por anos e vendendo milhões de cópias até hoje. The Dark Side of the Moon é mais que um álbum — é uma obra-prima que combina música, conceito e design em um só fluxo perfeito.